Eu estava fazendo uma postagem quando resolvi fazer outras coisas enquanto baixavam as fotos da postagem. Fui abrir a sacola que meu tio me entregou quando passei na casa dele ontem, quando fui a Porto Alegre e, pode parecer bobagem, mas me emocionei quando vi tudo o que tinha na sacola e resolvi mudar a postagem fazendo esta.
Eu sabia que tinha sucrilhos e pipoca na sacola, meu tio já havia me dito, mas também tinha chocolate branco e leite condensado, tudo o que eu gosto.
Meu tio herdou da minha vó, esta doce mania de comprar guloseimas para os sobrinhos, todos com mais de trinta anos hoje. A vó ia no supermercado toda a semana e meu tio era quem a levava. Metade, senão mais da metade das compras, eram essas "besterinhas" para os netos e depois, para os dois bisnetos também, meus sobrinhos, Marco e Marina.
A vó nos deixou em 2006, mas meu tio manteve esta doce mania. Quem me conhece sabe que sou louca por sucrilhos e leite condensado, gostava muito de chocolate branco e pipoca. Enjoei um pouco de chocolate e não temos microondas aqui no Recanto, nem pretendemos ter, mas não contei isto para meu tio e ele continua comprando.
Hoje cedo entrei no Face e vi duas publicações que, no meu ponto de vista, fazem uma ligação interessante com o ato do meu tio. Um amigo publicou uma foto do casal de filhos em 2011 e outra, deles hoje, com as legendas "minhas crianças em 2011" e "minhas crianças hoje". As crianças de 2011 já não são tão crianças, são adolescentes, ela com as sobrancelhas bem feitinhas, e ele com a cara de malandrinho, quase homem feito.
Em seguida, vi que minha sobrinha alterou a sua foto de perfil e não resisti, comentei "Linda da titia!". Ria enquanto escrevia aquilo, imaginando o quanto ela me xingaria por aquele "king-kong" (mico grande, como ela fala desde pequena), que eu faria ela passar. Imagina, falar deste jeito assim, tão "cuti-cuti" no face dela!
Deixei o seguinte comentário na publicação do meu amigo "é, as crianças crescem...", mas a verdade é que, para nós, pais, tios e avós, eles serão sempre as nossas crianças, não importando a idade. Eu achava engraçado quando meus pais, conversando com outros adultos, se referiam a mim e a meus irmãos adolescente e depois adultos, como "as crianças". Meus sobrinhos nasceram e perdemos este título, pois passaram a ser "as crianças" e hoje, ele com 14 e ela, prestes a completar 18, são as nossas eternas crianças.
Meu tio Serginho não me chama mais de criança, mas acho que sempre me verá como uma, sempre lembrando das coisas que eu gostava e fazendo este agrado tão gostoso!
E como é bom, ainda poder ser uma criança! Obrigada tio!